A Alpine surpreendeu-nos ao trazer uma mudança significativa no design dos seus pontões logo após os testes no Bahrain.
Surpreende porque? Esta solução ainda não tinha sido testada em pista, e após duas semanas com uma configuração, a equipa apresenta outra algo diferente, apanhou-nos de surpresa.
Impacto da nova abordagem
Para percebermos o funcionamento, temos primeiro de ver onde está o problema.

Representado a azul no declive dos pontões está o fluxo esperado, reparem que exageramos o problema, fazendo descair esse fluxo para a lateral do pontão.
Isto acontece devido ao ar turbulento (branco) da roda dianteira, o seu efeito acabo por arrastar consigo os fluxos superiores e laterais.
Solução?
Algo similar à Ferrari. Criar uma barreira física.

Subindo os pontões na zona posterior, podemos criar um caminho, o qual leva o fluxo até ao ponto desejado, neste caso difusor e beam wing, sem que este seja perturbado pelo ar turbulento da roda dianteira.
Mas mostrem mais dessa técnica apurada de paint
Enfim, por vocês tudo

Pela Lateral é mais perceptivel a abordagem da Racing P….perdão, da Alpine. O pontão serve agora como escudo.
Imprevisto, mas lógico?
Totalmente por testar, esta solução certamente não está!
A equipa conseguiu dados de correlação durante os testes e certamente está confiante nos seus modelos CFD (Computer Fluid Dynamics).
Daí a confiança neste nova solução.
Esteban Ocon não teve muita sorte com o seu carro no entanto. Uma vez que perdeu estes novos pontões logo FP1.
Felizmente para nós, através dessa imagem, conseguimos ver bem o canal criado nos sidepods para a passagem do fluxo

A verde esbatido é simplesmente espaço vazio. Isto mostra que a largura do Alpine é uma questão aerodinâmica e não problemas de packaging.