Tal como McLaren e RedBull, a Ferrari continuou na segunda semana de testes a optimizar o seu conceito aerodinâmico.
O F1-75 é lindo, pronto, é isso. O carro é espetacular, não vale a pena dizer mais nada. Qual fundo novo, não interessa.
Se isto fosse justo, a análise técnica era: nossa, coisa linda, é rápido!
Aliás, isso era praticamente a conclusão à qual tinhamos chegado quando escrevemos isto.
Agora a sério
Novo teste, e para a Ferrari isso foi significado, novo fundo.
Vejamos como este novo fundo funciona:

Recortando em L, ficamos com uma nova aresta, isto cria o vórtice (a verde) a selar o fundo desse ponto para a frente, ou melhor, desse ponto para trás.
Olhemos novamente para o papel dos voluptuosos pontões do F1-75.
É o carro perfeito para ilustrar como funciona uma barreira física à esteira das rodas.
O fumo branco representa essa mesma esteira, ar turbulento, expondo os pontões afasta-o, e protege o fluxo superior e inferior, sem que estes sejam perturbados.
Tal como vimos em outros artigos, os pontões não fazem todo o trabalho, e o fluxo com origem na entrada dos Venturi, encaminhado para a lateral, fez também esse papel de proteção.
Explicamos isto ao detalhe, neste artigo do Mercedes W13.
Aerodinâmica, o grande trunfo da Scuderia?
O carro até pode gerar muita carga, mas isso só terá efeito se o motor for capaz de o empurrar.

Boas notícias Tifosi! A informação que sai do paddock parece ser do agrado dos fãs da Scuderia. O motor é fiável, e nem parece ter sido esticado!
O conceito aerodinâmico é bom, é o oposto da Mercedes, e por isso quiçá melhor em circuitos de alta carga aerodinâmica.
No entanto, para falar a nível técnico da Ferrari, é obrigatório falar do motor, foi esse o principal componentes pelos problemas da Ferrari nos últimos anos.
Para a beleza do F1-75 funcionar, com o atrito extra daqueles pontões, precisa de uma unidade motriz ao nível das melhores.