A McLaren optou por continuar a compreender melhor o seu carro durante a semana de testes.
Atualizações aqui e ali, novos fundos e muito trabalho.
Infelizmente a notícia mais sonante não foi… positiva, ou melhor, até foi… Daniel Ricciardo testou positivo à covid 19 e, portanto, todo o trabalho recaiu sobre Lando Norris (coitadinho daquele pescoço).
Malandros, esta escapou-nos
O motivo pelo qual o McL36 nos trás aqui, até já estava presente no dia da sua apresentação, simplesmente não o vimos.
De qualquer das formas, nessa altura apelidamos o McLaren como uma obra de arte. Justo adjetivo? Antes de continuarem passem na primeira análise ao carro e julguem por vocês mesmos.
Não se preocupem, nós esperamos.
Deixamos a imagem de um gatinho para os que já leram e esperam connosco:

Boa, voltaram. Então vamos lá.
O McLaren tem uma entrada de ar no T-Tray.
No quem? No tray! T quê? T TRAY PORRA.
Eh pah, metam uma imagem disso, credo!
Pronto, o T-Tray é aquela parte por baixo do nariz do carro, no local onde este termina, como se pode ver aqui:
E aqui, o T-Tray do McL36:

Levanta-se a pergunta, para onde vai este fluxo? Qual o papel que desempenha? Se ninguém o ouve, ele existe mesmo?
A resposta na verdade é muito simples, a McLaren está a utilizar o fluxo da parte inferior do carro, para dar velocidade ao fluxo que passa por baixo dos pontões.
Confuso? Não é, explicamos:
O fluxo cria um défice de pressão, e portanto mais carga aerodinâmica, é uma solução engenhosa e muito bem explorada pelos engenheiro da McLaren.
Aqui podemos ver o seu funcionamento, reparem na entrada deste duto, quando o fundo está montado, cria um túnel:

Um verdadeiro duplo fundo?
A McLaren consegue assim reaproveitar fluxo com bastante energia, não só tem a capacidade de gerar mais carga aerodinâmica, mas dado possívelmente à sua força, será pouco perturbado por ar turbulento ao redor dos pontões.
Caso existam ainda dúvidas, fica aqui mais esta imagem a mostrar o local por onde este fluxo escoa:
