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F1: as alterações do Circuito Albert Park para o GP da Austrália

Muitas novidades

Esta Sexta-feira, quando forem 13h00 em Melbourne, e os pilotos forem para a pista, para a primeira sessão de treinos livres, irão encontrar uma pista bem diferente daquela que encontraram em Albert Park em 2019, a última vez que a Fórmula 1 lá correu.

Recorde-se que não tivemos Grande Prémio da Austrália nos últimos dois anos devido à Covid19. Em 2020 e já com o público nos portões, a corrida foi cancelada à última hora devido ao rápido alastrar da pandemia. Em 2021, voltou a não se realizar devido às apertadas restrições sanitárias colocadas pelo governo australiano.

De regresso ao Mundial em 2022, a prova volta com alterações. Entre as supostas edições não realizadas, a organização aproveitou para reasfaltar o traçado de Albert Park, pela primeira vez desde a estreia do circuito em 1996. Juntamente com o novo asfalto, a organização optou também por realizar várias alterações ao traçado.

As alterações do traçado de Melbourne face ao traçado antigo. O “novo” circuito deveria ter sido estreado em Novembro do ano passado.

Fim da chicane e uma recta mais longa

As maiores mudanças estão nas curvas 9, 10 e 13 mas não se ficam por aí.

A chicane das curvas 9 e 10 simplesmente desaparece e passa a ser uma secção a fundo entre a curva 8 e a 11. Passa inclusivé a ser a secção a fundo mais longa do circuito.

Outra alteração significativa é na curva 13. A recta que antecede a curva é agora ligeiramente mais longa. A entrada na curva passa a ter um novo perfil e foi também alargada. Tem agora mais 3,5 m de largura e o camber alterado.

Na antiga chicane das curva 9 e 10 é agora uma rápida secção direita/esquerda

Curvas mais largas

Alargar é a palvra de ordem no “novo” circuito e, para além das alterações anteriores, as curvas 1, 3, 6 e 15 foram também alargadas.

A curva 1 é agora 2,5 m mais larga. Ao longo da história do grande prémio, esta curva tem sido local de vários acidentes na partida, devido ao efeito funil que causava.

Já na curva 3, um dos pontos de ultrapassagem do circuito, este passa a ter mais 4 m de largura. A curva 6 é a que mais alargou e passa a ser agora uma curva muito mais aberta. São mais 7,5m de largura que, segundo a Fórmula 1, fará com que as velocidades de passagem naquele ponto subam de aproximadamente 150 km/h para 220 km/h. São dados fornecidos ainda para os carros do ano passado mas acreditamos que a velocidade atingida seja semelhante ao inicialmente esperado.

Também a curva 15 foi ao cirurgião e fez uma operação para ter agora mais 3,5 m e um camber alterado. Todas estas alterações têm como finalidade criar mais linhas de corrida, facilitar as ultrapagens e, em suma, proporcionar melhores corridas. As previsões iniciais falavam em retirar cerca de 5 segundos por volta. Com os novos carros, acreditamos que a diferença seja menor mas os tempos irão certamente cair face a 2019.

Michael Schumacher fica assim com o record de melhor volta de sempre em corrida ao antigo traçado. Albert Park com 1:24.125, estabelecido em 2004. Lewis Hamilton fica com a melhor qualificação de sempre, em 2019, ao fazer a pole-position em 1:20.486

Mesmo sem nunca ter pilotado para a Red Bull, em 2002 Ralf Schumacher ganhou asas na travagem para a curva 1 do Grande Prémio da Austrália.

Via das boxes também muda

Por último, também a via das boxes teve direito a alterações. O pitlane foi alargado em 2 metros de modo a subir a velocidade máxima nas boxes. Até agora, a velocidade máxima na via das boxes em Albert Park era de 60 km/h mas a ideia agora é subir esse valor para os habituais 80 km/h.

Domingo, pelas 06h00 da manhã em Portugal, já vamos ficar a saber se as alterações deram resultado e se o Grande Prémio da Austrália é agora uma corrida melhor.

A via das boxes em Melbourne foi ao esticador e tem agora mais 2 metros de largura.

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