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FORMULA 1: Novidades no regulamento desportivo

A Formula 1 publicou dia 29 de Abril a nova versão do regulamento desportivo, o qual conta com algumas novidades.

Testes com carros antigos

Na verdade, nada muda no regulamento no que toca à utilização dos carros antigos, mas a estes juntam-se os carros mula, os quais algumas equipas prepararam para testar os novos pneus da Pirelli para a temporada de 2022.

Estes carros tinham alterações a vários níveis, de forma a que fosse possível mimetizar a carga aerodinâmica do novo regulamento técnico. Tinham também suspensões alteradas, capazes de aguentar a maior massa das novas jantes.

O mais importante destas restrições passa pela não utilização destes carros mula durante 3 anos em qualquer sessão de testes ou evento.

O mule car da McLaren

Testes com mais restrições

Testes organizados pelo fornecedor de pneus também estão sujeitos a mais umas quantas alíneas de regulamento.

Todos os carros participantes nos testes têm de usar a spec já utilizada durante o ano competitivo ou homologada para tal e quaisquer alterações de setup estão proíbidas, a não ser que seja de extrema necessidade e justificadas pelo próprio fornecedor de pneus.

Parc-fermé

Novas excepções foram adicionadas à regra do parque fechado, sendo agora possível infringir a regra para reparar carros acidentados, seja contra uma barreira, outro carro ou danos ocorridos fora dos limites de pista (sim, especificam os cenários todos)

2026 já nos regulamentos

Com as horas de CFD limitadas a FIA colocou no regulamento as regras de utilização dessas ferramentas.

Mesmo o pré e pós processamento e optimizações CFD são controladas, isto não é novo no regulamento desportivo, mas agora juntam-se alguns detalhes.

Optimização das simulações podem ser efetuadas, mas sempre que sejam para ajudar a delinear o regulamento de 2026. Parâmetros como fluxos e altitude são controlados pela FIA.

O regulamento volta a fazer incidência em elementos de aerodinâmica ativos, os quais serão testados pelas equipas em modelos CAD (computer aided design) fornecidos pela FIA.

Imagem FetchCFD – simulação CFD com detalhe dos fluxos

Qualificação

Dois eventos em 2023 servirão de teste para um novo de formato de qualificação.

Durante este evento as equipas terão menos pneus ao seu dispor. 11 sets para seco, 4 intermédios e 3 para chuva (alguém os usa na verdade?), sendo os pneus para seco divididos da seguinte forma:

3 – duros

4 – médios

4 – macios

Durante a Q1 os pilotos só podem utilizar o pneu duro. Algo curioso, uma vez que esta nova qualificação tem também como objetivo tornar a prova mais sustentável, reduzindo o número de pneus. Contudo ao colocarem um pneu duro obrigatória na qualificação provocará problemas de aquecimento da borracha, isto fará com que os carros sejam obrigados a rodar em pista durante mais tempo apenas para terem os pneus à temperatura correta, gastanto assim mais combustível.

Espera-se também ainda mais as queixas dos pilotos em não terem pista livre para fazerem as suas voltas.

Para a Q2 serão utilizados os pneus médios. Esperemos não sofrerem do mesmo mal dos duros, mas não seria de estranhar, embora numa escala mais pequena.

E por fim na Q3 será obrigatória a utilização dos macios. Nada muda muito aqui, já é naturalmente o pneu utilizado pelas equipas e pilotos.

A grande questão que se coloca sobre esta alteração é:

Mas porquê?

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