Segunda vitória do ano para o finlandês
Kale Rovanperä venceu um Rally da Croácia disputado até à última especial! Rovanperä parecia ter o rally perfeitamente controlado já na sexta-feira. Um Tänak ao ataque reentrou na luta no Sábado mas a vantagem do finlandês no final do segundo parecia suficiente para controlar o rally no domingo. Mas, uma má escolha de pneus e a imprevisibilidade metereológica, deixaram tudo por decidir até à Power Stage.
Domínio logo no primeiro dia
Rovanperä entrou a dominar na Croácia. O homem do #69 venceu 3 das 4 especiais da manhã do primeiro dia. Apenas Elfyn Evans quebrou o domínio ao vencer a PEC3, ele que foi um dos primeiros a experimentar o festival de furos da Pirelli. À tarde, repetiu-se o filme: mais 3 vitórias nas segundas passagens. Desta vez, quem ficou com a sobra foi Neuville que venceu a última especial do dia.
De fora tinham já ficado Esapekka Lappi, depois de partir a suspensão do Yaris GR ao acertar numa pedra e Adrien Formaux que deixou o Puma Rally1 uma vez mais em muito mau estado.
Ao final do dia, na sexta-feira, Rovanperä liderava já com 1m23s(!) de avanço para Ott Tänak e 1m35s sobre Craig Breen. Thierry Neuville viria ainda a ser penalizado em 1 minuto no final do dia por excesso de velocidade na ligação.
Tänak recupera no segundo dia
Ao segundo dia as coisas foram diferentes. Rovanperä terminou o dia na frente mas com a diferença reduzida para 19.2s. Tänak chegou a encurtar para cerca de 13s mas o finlandês respondeu na última especial do dia e recuperou um pouco mais de 6s, vencendo a sua sétima especial no rally.
O dia tinha começado com o incêndio no Hyundai de Oliver Solberg, após despiste. Felizmente, foi só um bocado de chapa chamuscada, ninguém se maguou. A PEC9 foi neutralizada mas Evans foi o vencedor.
A PEC10 viu um regressado Esapekka Lappi ser o mais rápido, naquela que seria a primeira de três vitórias no dia para o outro finlandês da Toyota. Lappi juntaria ainda vitórias na PEC13 e PEC14 à coleção.
Pelo caminho, Tänak venceu a PEC11 e a seguinte foi para Neuville. A décima quinta especial, penúltima do dia, foi anulada devido ao nevoeiro. Como dissemos acima, Rovanperä venceu a última do dia, a primeira com direito a um pouco de sol, num rally até aí disputado à chuva.
O dia ficou ainda marcado por furos, muitos furos. Se a contabilidade não nos falha, Greensmith somava 5 furos em todo o rally até ao final de sábado, Loubet já tinha 3 (ele que, tal como Greensmith, foram forçados a abandonar por ficarem sem pneus após demasiados furos…), Rovanperä e Katsuta 2, Evans e Tanäk tinham 1 cada um até aí.
Título de domingo
O melhor do rally estava guardado para Domingo. Lappi foi o mais rápido na PEC17 mas, na luta que contava, Rovanperä consolidou a liderança ao ganhar mais 11s a Tänak. Na classificativa seguinte, Neuville foi o mais rápido e Tänak começou o contra-ataque, recuperando 2.5s e colocando a diferença para Rovanperä em 28s quando faltavam apenas duas especiais para terminar o rally.
Mas a PEC18 tinha reservado um golpe de teatro. A chuva voltou e Rovanperä tinha equipados dois pneus duros e dois de chuva. A escolha mais arriscada de Tänak, dois macios e dois de chuva, pagou e o Campeão do Mundo de 2019 recuperou 29.8s a Rovanperä e saltou para a liderança do rally. À entrada da Power Stage, Tänak era primeiro com 1.4s de vantagem sobre o finlandês.
A escolha de pneus em teoria daria uma ligeira vantagem a Tänak na secção inicial da classificativa mas Rovanperä não pareceu muito importado. Nos 14.09km da Power Stage o piloto da Toyota foi buscar 5.6s a Tänak e venceu com autoridade a classificativa e o rally. Tänak e Rovanperä estiveram noutro campeonato na Power Stage. O terceiro melhor, Elfyn Evans, já ficou a mais de 20s de Rovanperä.
No final, isso traduziu-se numa vantagem de 4.3s sobre Tänak e a quarta vitória da carreira para Rovanperä. Thierry Neuville completou o pódio, já a 2m21s de Rovanperä. Craig Breen foi o melhor dos Ford, em quarto, seguido de Elfyn Evans.
No WRC2, com o dominador Mikkelsen ausente, a vitória foi para Yohan Rossel em Citroën C3.
O WRC segue dentro de momentos
Terminado o Rally da Croácia, é hora do baptismo dos Rally1 em pissos de terrra. E qual catedral melhor para fazer essa cerimónia do que o Rally de Portugal?
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